sábado, 26 de setembro de 2009
go ahead.
as que fazem de tudo para resolver seus problemas e seguir em frente.
as que fogem dos problemas
e aquelas que criam os problemas e insistem em se manter neles.
você faz sua vida.
as escolhas são suas, não tem outro jeito.
ao invés de sair por aí culpando quem quer que seja,
responsabilize-se pelos seus atos.
supere e cresça.
dê valor às pequenas coisas da vida.
é delas que você vai sentir falta,
uma vez ou outra.
e o mais importante:
reflita, mas não perca o encanto.
use a razão sem esquecer a emoção.
não tente separar os dois.
pode não ter volta.
pensando bem.
eu não me importo se você não se importa.
simples assim.
o que é verdadeiro fica, independente do que aconteça.
em frente, sempre.
domingo, 20 de setembro de 2009
a Margarida e um certo Cravo.
domingo, 13 de setembro de 2009
os olhos.
conversa .
sábado, 5 de setembro de 2009
a Rosa Sorridente, o Cravo e o Cravo da Metade .
duas frases ... ou três.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
você e as palavras.
o que fazer com as palavras ?
guardá-las num potinho e colocar no armário,
pedir para o vento trazê-las de volta
ou simplesmente mantê-las na alma e esperar com o coração ?
acho que prefiro guardá-las até que você ...
você sabe.
terça-feira, 1 de setembro de 2009
mais uma do Saramago.
O sangue em Chiapas
Todo o sangue tem a sua história. Corre sem descanso no interior labiríntico do corpo e não perde o rumo nem o sentido, enrubesce de súbito o rosto e empalidece-o fugindo dele, irrompe bruscamente de um rasgão da pele, torna-se capa protectora de uma ferida, encharca campos de batalha e lugares de tortura, transforma-se em rio sobre o asfalto de uma estrada. O sangue nos guia, o sangue nos levanta, com o sangue dormimos e com o sangue despertamos, com o sangue nos perdemos e salvamos, com o sangue vivemos, com o sangue morremos. Torna-se leite e alimenta as crianças ao colo das mães, torna-se lágrima e chora sobre os assassinados, torna-se revolta e levanta um punho fechado e uma arma. O sangue serve-se dos olhos para ver, entender e julgar, serve-se das mãos para o trabalho e para o afago, serve-se dos pés para ir aonde o dever o mandou. O sangue é homem e é mulher, cobre-se de luto ou de festa, põe uma flor na cintura, e quando toma nomes que não são os seus é porque esses nomes pertencem a todos os que são do mesmo sangue. O sangue sabe muito, o sangue sabe o sangue que tem. Às vezes o sangue monta a cavalo e fuma cachimbo, às vezes olha com olhos secos porque a dor lhos secou, às vezes sorri com uma boca de longe e um sorriso de perto, às vezes esconde a cara mas deixa que a alma se mostre, às vezes implora a misericórdia de um muro mudo e cego, às vezes é um menino sangrando que vai levado em braços, às vezes desenha figuras vigilantes nas paredes das casas, às vezes é o olhar fixo dessas figuras, às vezes atam-no, às vezes desata-se, às vezes faz-se gigante para subir às muralhas, às vezes ferve, às vezes acalma-se, às vezes é como um incêndio que tudo abrasa, às vezes é uma luz quase suave, um suspiro, um sonho, um descansar a cabeça no ombro do sangue que está ao lado. Há sangues que até quando estão frios queimam. Esses sangues são eternos como a esperança.
... tive que postar aqui ! Saramago, execelente como sempre e único.
link: http://caderno.josesaramago.org/2009/08/19/o-sangue-em-chiapas/