quinta-feira, 24 de julho de 2008

Outro Plano

quantas vezes eu te disse:
não é assim que as coisas são!
você não ouviu
e agora está aí
sofrendo.
a análise não adianta,
a sistematização não dá certo
quando o assunto é o outro.
não funciona.
você pode até insistir,
é seu direito.
só que há o outro tem o direito
de não querer,
não (se) aceitar e,
principalmente,
de ser quem é
e que você acha que não é.
é duro?
sim.
quem disse o contrário?
eu não.
procurei te fortalecer,
te ajudar e
não perder a esperança.
agora,
não reduza a esperança
a uma obsessão.
é longe de ser isso.
é força, é acreditar e prosseguir.
não importa o que aconteça.
você pode dizer que não consegue esquecer.
é difícil esquecer mesmo,
não tenho como dizer que não é.
nesse momento,
se trata de uma questão de foco,
de plano.
a gente sabe que não é só isso,
mas precisa ser isso.
precisa afastar
para manter o que na verdade é.
falta dizer uma coisa:
não deixe para trás
quem você é,
quem o outro é,
quem nós somos.
está tudo aqui, aí e lá.
aceite...
e o vento passa,
a estrela cai
e a vida continua.
você sabe.


Bom, esse foi um desabafo dirigido a alguém que apareceu recentemente na minha vida e que se tornou essencial de imediato.
Transformei em versos porque gosto deles. Não há pretensão e não é romantismo barato. Não!
Só há a necessidade de mostrar para essa pessoa que ela não está sozinha.
Talvez não saiba o quão importante é.. Em cada coisa.
Não vá, não se deixe ir.
Não é por mim, é por tudo.

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