domingo, 28 de setembro de 2008

...

... não tenho conseguido me expressar decentemente nos últimos dias.
ando meio tonta, sei lá. esquisito. tem muita coisa fugindo do meu controle.
não, não sou controladora. só preciso manter certos limites antes de não precisar usar mais botas.
hoje, "the bucket list" mexeu demais comigo.
chorei horrores ao som de "say what you need to say" ... por aí vai.
e por aí vamos.
isso é certo. não tem como escapar. só resta a dor.
e quem sabe... felicidade ?

sábado, 27 de setembro de 2008

o quê ?

... acho que perdi uma coisa: a capacidade de me surpreender com as coisas. isso não me parece bom, parece apatia... o que posso fazer se às vezes sinto que já sei o que aconteceu, o que acontece ou o que vai acontecer? não, não estou dizendo que sei tudo. não sei e nem tenho essa pretensão. não mesmo, até acho impossível que alguém possa saber. seria chato demais, óbvio demais, morto demais. não quero isso pra mim. ninguém quer no fundo, presumo. não consigo explicar como, quando, quem, ou o porquê, mas é verdade.
pode ser que não seja eu. afinal, se é difícil entender o que se passa em mim, imagina se tiver outro alguém aqui?
confuso, mas é isso. não consegui encontrar as palavras certas, mas encontrarei em algum momento.
só peço uma coisa a quem quer que seja: não tente ser eu.
não é minha culpa. e é a única coisa que tenho.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

...

parada obrigatória.
olhos brilhantes.
lágrimas presas.
dor.
tudo e nada.


depois eu volto.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008


... porque preciso de você mesmo longe.
é tudo. não pertence a mim e não tem explicação.
essência.
luz, força e proteção.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

fim.

era cedo e não percebi
que meu dia havia acabado ali.
acho que perdi a fé .
minha cabeça dói. muito.
acontecimentos pequenos às vezes nos revelam
o que tentamos não ver.
só posso sentir pena,
outra coisa não cabe.
parece que algumas coisas não mudam
e não adianta a nossa vontade em mudá-las.
receio ser verdade quando dizem
que não há mais jeito, que o mundo está perdido.
e isso é forte, é o mundo...
em momentos como esse me envergonho de tê-lo conhecido, enfim.
é o fim.


... "it's times like these you learn to live again".

sábado, 20 de setembro de 2008

quem sabe ?

... mais um dia estranho. aqueles de "sabe-se lá o que estou sentindo", sabe?!
por que o vazio com tanta coisa do lado de fora?
não entendo e acho que nem vou entender, ainda que eu curse psicologia.
parece que esse vai ser o caminho... se é certo, quem sabe?
preciso me convencer do que pensava ter aprendido, aquela coisa de não esperar e tal.
é difícil. acho que escrevo para me convencer das coisas, na verdade.
tem gente que gosta.. sim, mas e o que fazer?
não sei.
li em algum lugar que não importa o quanto você se dedique, você nunca será devidamente recompensado, agradecido, correpondido à altura... seja lá o que for.
isso é duro, triste, injusto. é tudo o que a gente não quer, mesmo que opte pela abnegação ou o fazer sem esperar receber em troca - qualquer coisa nesse sentido.
há coisas piores?? com certeza, não tenho dúvida disso e faço questão de me lembrar a cada minuto.. só eu sei as culpas e as dores que carrego por pensar assim.
é aquela velha história: só a gente sabe o que sente ou o que não sente, o que nos atinge no fundo. isso não é segredo. afinal, cada um tem suas razões pra isso ou aquilo. e não é clichê.

ao som de "al otro lado del rio", do jorge drexler, tema de "diários de motocicleta".
[ falando nisso, como chorei no final do filme! ele me trouxe tanta "lembrança de coisas que não vi", tanta saudade do idealismo de outrora, raiva pela miséria que nos rodeia e pelas grandes almas que parecem não voltar mais...
enfim, como o jovem ernesto guevara diz em um dos mais lindos momento do filme, em machu picchu , "nostalgia de lugares que nunca conheci" (algo do tipo).
definitivamente, vim para esse mundo no tempo e espaço errados... ]

então, é isso. essas coisas precisavam sair - ou entrar.

[eu preciso de você]

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Lenine

...

Daqui desse momento
Do meu olhar pra fora
O mundo é só miragem
A sombra do futuro
A sobra do passado
A sombra é uma paisagem
Quem vai virar o jogo e transformar a perda
Em nossa recompensa
Quando eu olhar pro lado
Eu quero estar cercado só de quem me interessa
Às vezes é um instante
A tarde faz silêncio
O vento sopra a meu favor
Às vezes eu pressinto e é como uma saudade
De um tempo que ainda não passou
Por trás do seu sossego, atraso o meu relógio
Acalmo a minha pressa
Me dá sua palavra
Sussure em meu ouvido
Só o que me interessa
A lógica do vento
O caos do pensamento
A paz na solidão
A órbita do tempo
A pausa do retrato
A voz da intuição
A curva do universo
A fórmula do acaso
O alcance da promessa
O salto do desejo
O agora e o infinito
Só o que me interessa


(É o que me interessa - Lenine)

aviso.

o tempo todo fui avisada,
mas não dei atenção.
quem?
boa parte, não tenho certeza.
desconfio...
deixa pra lá.
um dia o vento leva,
a chuva lava
e o tempo passa.
o poço foi aberto...
preciso ver.


...

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

é tanto frio que não sinto.
pela primeira vez, não sinto como deveria .
não sei se esqueci ou se fui esquecida.
o que vejo não consigo definir se é criação ou realidade.
invenção ?
tudo é, mas eu não sabia até agora.
é assim mesmo: um dia de cada vez.
o que passou, passou.
o hoje e o amanhã são eternos.
sabe de uma coisa?
eu quero a eternidade.
vou te contar um segredo:
quero viver o eterno com você,
nem que seja por mínimos instantes.


...

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Saramago.

... só pra eu não esquecer e deixar registrada a admiração por um dos maiores escritores de todos os tempos: José Saramago. No site da Fundação José Saramago (http://www.josesaramago.org), este grande homem tem escrito um blog. Vale muito a pena conferir. Tudo. É valido, principalmente, pela resistência que ele representa em meio ao caos, miséria, leviandade, plasticidade, alienação e cegueira (...) que há no mundo no qual (sobre) vivemos.
é importante lembrar sempre suas sábias palavras presentes na epígrafe de Ensaio Sobre a Cegueira (um livro completo... da barbárie aos mais profundos ecos da alma humana) :

"Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara."
(Livro dos Conselhos)

... bom, é isso. gostei.

o nó.

nó.
na garganta, no peito, nas mãos.
não consigo evitar,
acontece.
é por tudo...
pelo o que aconteceu,
pelo que ficou na minha cabeça
e, principalmente, pelo quase.
às vezes, parece que o quase é o limite,
é o que mostra a disposição em seguir
ou recuar.
o quase é o nó da conspiração.
e eu ainda não entendo,
apesar de acreditar.
nem sempre as coisas fazem sentido,
muitas vezes elas precisam não fazer -
ainda assim, vejo o nó.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

... porque esses barbudinhos dizem parte do que gostaria de dizer em certos momentos.


Pois é, não deu
Deixa assim como está sereno
Pois é de Deus
Tudo aquilo que não se pode ver
E ao amanhã a gente não diz
E ao coração que teima em bater
avisa que é de se entregar o viver
Pois é, até
Onde o destino não previu
Sem mais, atrás vou até onde eu conseguir
Deixa o amanhã e a gente sorri
Que o coração já quer descansar
Clareia minha vida, amor, no olhar


(Pois é - Los Hermanos)


... deixa pra depois.
o fardo e o mundo se uniram contra mim.
eu acho.
não faz mal, não mais.
e mais uma semana começa.
é preciso respirar fundo.

**

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

do viver e não esperar.

uma semana e mais um pouco.
de tudo o que sobrou,
o mais importante é a esperança...
não sei o porquê.
só sei que é uma esperança que não mais espera,
vive.
a espera consome muito.
então, escolhi viver por enquanto.
todo dia é uma mistura de tudo o que se pode sentir,
coisas boas ou ruins,
e é preciso lidar com isso.
alguns podem dizer que faz mal, mas
pra mim já não faz mais diferença.
escolhi viver e nada mais,
ainda que seja a despedida anunciada.
no final das contas, é isso.
a espera é inútil quando o fim é a certeza mais incerta que existe.
o caminho é o meio, e não importa como. é.
hoje, eu amo.
aprendi a viver com esperança sem esperar, e é só.


... até !

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

(...)

um pouco ausente, tentando colocar a desordem no lugar.
acho que me enganei...
e não é a primeira vez.
faz parte do fardo ?
é o mundo.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

merecer .

eu mereço ?
é tão difícil responder.
acho que pelo que está acontecendo, não.
e pelos outros, também não.
nada tenho a fazer ... sigo o que o que a alma pede, apenas.
ainda assim, quem julga o que cada um de nós merece?
eu? você? nós? a eternidade e seus representantes?
todos ? pode ser...
bom, de qualquer forma, parece que em algum ponto fomos desatentos.
ou erramos o alvo ou o ato foi intencional. por quê?
essa resposta não está aqui... deve estar além do que compreendemos.
é injusto em muitas ocasiões, sim !
queria achar o contrário, mas não dá.



... é provável que a questão não seja merecer.
ainda descubro.. um pouco, pelo menos.