segunda-feira, 13 de outubro de 2008

segunda bomba.

... acho que cansei. mesmo.
nem sei direito o que escrever aqui.
já virou costume.


aula de hoje: motivação.
percebi que me faltam sonhos.
como pode uma pessoa que sonha tanto não ter sonhos?
isso não é comum. estranho?
e fez mal. fiquei ausente por uns instantes.
é o tal do foco.. acho que nunca o tive, sei lá.
para variar, fiquei perdida.
não sei pedir, não sei planejar, não sei focar.
só me resta a análise.
o que fazer?
não sei. é mais uma coisa.

mas tá tudo bem.


pela manhã eu queria ter uma bomba.
ainda bem que não tinha...


vou esperar.
só mais um pouco.


dói saber que a culpa é nossa.
e é verdade.
liberdade.


... e marcelo camelo tem toda razão:

Perceber aquilo que se tem de bom no viver é um dom
Daqui não
Eu vivo a vida na ilusão
Entre o chão e os ares
Vou sonhando em outros ares, vou
Fingindo ser o que eu já sou
Fingindo ser o que já sou
Mesmo sem me libertar eu vou

É Deus, parece que vai ser nós dois até o final
Eu vou ver o jogo se realizar de um lugar seguro

De que vale ser daqui
De que vale ser daqui
Onde a vida é de sonhar?
Liberdade!


.

domingo, 12 de outubro de 2008

...

... meus amigos têm sido anjos comigo.
somos todos anjos, eu acho.
companhia que (às vezes) a gente não vê, mas sente.
apesar disso, o vazio pode insistir em estar presente porque a gente também é o que nos falta.
e a gente é tudo, mesmo sem saber o que é .
sabe-se que a gente não sabe tudo, então é-se -- se é que isso existe.

como já diziam os beatles.. "there's nothing you can do that can't be done.. all you need is love"


amanhã é segunda.
ui !

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

um rio.

quando a gente menos espera, descobre alguma coisa.
isso é importante.
um passo de cada vez.
voltemos a ser crianças porque essa vida de adulto é de enlouquecer.
refúgio.
leveza.


... lembrei-me de "a insustentável leveza do ser": lindo !
depois coloco alguns trechos aqui. as orelhas foram muitas, principalmente quando foi chegando perto do fim. lágrimas? para variar, um rio.


... esse tempinho frio e chuvoso faz eu lembrar de mim e de coisas que não sei. é tão bom, é místico. gosto muito, independente do que possa trazer.

...

"Vista assim parecia não uma moça vivendo, mas pintada em aquarela, estatizada feito estivesse muito calma, e até estava, só não sentia mais nada, fazia tempo."
.. hoje começo com essas palavras do Caio Fernando Abreu. Fazem parte de um conto chamado "O dia em que Jupiter encontrou Saturno", que está em "Morangos Mofados" e me lembra muito uma situação que tenho vivido. Digo, EU tenho vivido... Pode ser unilateral. Tenho consciência disso, embora saiba que a unilateralidade é quase nula nas relações, posto que sempre alguma coisa pode ser aproveitada. O que muda é o sentido que cada um dá à relação, às palavras, aos gestos. Mais ou menos isso.
O que quero dizer ou o que acho que quero dizer, na verdade, é que parece que não tenho sentido mais... Porque não sei o que sentir e o que pressinto é forte. Confuso? É isso aí. Reconheço com uma clareza que assusta.
Caio de novo:
"Não que estivesse triste, só não compreendia o que estava sentindo."
.. sentir sem sentir, mas pressentir.
isso é doideira.
já nem ligo mais.
só preciso me lembrar e tentar entender toda vez que abro os olhos pela manhã e vejo que mais um dia me espera...
não posso pensar muito para não fechar os olhos.
... P.S. I Love You.
(Existem amores que duram mais que uma vida)
Eu desabei.
Solucei até dizer chega.
Fiquei de todas as cores possíveis.
Olhos inchados até o dia seguinte.
Alguma coisa estava pedindo pra sair e eu deixei.
E aliviou.
... acho que já está bom.
os três pontinhos significam o não-saber-o-que-escrever.
e significam tudo, (a)normalmente.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

seta.

... porque eu queria ficar aqui, parada.
não me lembrava mais dessa sensação.
pensei que tivesse ido embora pra sempre.
mais uma vez, vejo que pode ser verdade quando diz-se que "o pra sempre sempre acaba".
só sei que dói lá no fundo, como se uma seta tivesse atingido em cheio seu alvo.
e, hoje, o lado de fora também dói.
vai passar, e é preciso uma decisão e uma ação.
cuidar.
não dá pra fugir.
pode ser que haja o depois.
e é bom que esse seja da melhor maneira possível.
em certas horas, saudade me lembra agonia.
não sei direito do que, mas há uma seta também.
longe.
ai, Clarice:
"Sigo o tortuoso caminho das raízes rebentando a terra, tenho por dom a paixão, na queimada de tronco seco contorço-me às labaredas. à duração de minha existência dou uma significação oculta que me ultrapassa. Sou um ser concomitante: reúno em mim o tempo passado, o presente e o futuro, o tempo que lateja no tique-taque dos relógios. "

domingo, 5 de outubro de 2008

domingo de voto.

... estou bem, mas preciso parar um pouco .
sou e não sou.
tosse.
rouquidão.
resfriado.
hunnf !
é hora de votar... ver "o futuro repetindo o passado" e um "museu de grandes novidades".
é tudo a mesma coisa. só mudam as caras... quando mudam.
é preciso mais idéias e menos pessoas para que o tempo não páre de verdade.
ainda prefiro acreditar que Marx e Engels estavam certos.
ainda acredito no Che - falando nisso, dia 8/10 faz 41 anos da morte desse grande homem, que foi assassinado inescrupulosa e covardemente.
preciso acreditar que milhares de pessoas não morreram em vão.
que ainda existam pessoas que, como Olga Benário, lutem pelo "justo, pelo bom, pelo melhor do mundo".
ainda acredito que o sonho não acabou, que um dia ainda poderemos cantar "Imagine" ou "All you need is love" sem ficar com cara de anacrônicos e ultrapassados. porque veremos além.
concordo com Saramago e esse ainda existe, firme e forte. graças !
é assim: "Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara".
que possamos ver e reparar!
agora e sempre.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

out.

perdida no meio de tanto stress e correria durante a semana, depois de muito tempo consegui realmente enxergar o lado de fora. não vi coisas boas, mas foi bom, foi humano, e pude exercer uma sensibilidade que andava meio escondida. chorei. sim, chorei muito. e continuo a chorar por dentro. confesso que não foi e não é por mim. Isso tem sido essencial. Ás vezes, é preciso não esquecer que não estamos sozinhos, que não somos o centro do universo e que há coisas que não podem ser controladas apenas por termos vontade de, ainda que isso seja um grande passo.
(...)
o fundo do poço pode estar dentro de você; portanto, em certos momentos é necessário se colocar de lado, desviar o foco para, então, ver a luz. não é difícil: é uma questão de exercício.
é uma questão de ser. humano.


... não acabou, só preciso dormir.