... porque eu queria ficar aqui, parada.
não me lembrava mais dessa sensação.
pensei que tivesse ido embora pra sempre.
mais uma vez, vejo que pode ser verdade quando diz-se que "o pra sempre sempre acaba".
só sei que dói lá no fundo, como se uma seta tivesse atingido em cheio seu alvo.
e, hoje, o lado de fora também dói.
vai passar, e é preciso uma decisão e uma ação.
cuidar.
não dá pra fugir.
pode ser que haja o depois.
e é bom que esse seja da melhor maneira possível.
em certas horas, saudade me lembra agonia.
não sei direito do que, mas há uma seta também.
longe.
ai, Clarice:
"Sigo o tortuoso caminho das raízes rebentando a terra, tenho por dom a paixão, na queimada de tronco seco contorço-me às labaredas. à duração de minha existência dou uma significação oculta que me ultrapassa. Sou um ser concomitante: reúno em mim o tempo passado, o presente e o futuro, o tempo que lateja no tique-taque dos relógios. "
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