terça-feira, 4 de novembro de 2008

terça-feira

... fiquei com as unhas roxas,
com o rosto pálido,
e sem saber o que pensar.
sobrecarga,
tensão
e insônia.
está tudo bem, sério,
é tudo momentâneo.



... e, continuando o conto "a fada e o sapo":


a fada ainda ama o sapo.
não sabe até quando vai durar.
ela teme estar entendendo tudo errado.
o que deseja, nem ela sabe.
às vezes, tem vontade de ser sapa
e de brilhar como fazem aqueles bichinhos da noite.
não consegue.
chega a pensar que a ela não é permitido esse tipo de coisa,
porque, afinal de contas, é uma fada.

hoje ela descobriu que somos,
na verdade, contemporâneos do nosso passado.
que ao olhar para o céu vê o que já passou.

e a vida segue:
a fada ainda ama o sapo.
não deixou de amar.
sofre porque quer,
e deve saber disso.
ela, no fundo, agradece ao sapo.
conheceu lugares da sua alma que nem imaginava que existiam.

a fada também sente falta dos duendes.




... sobre o céu e o passado merece mais.
e vai ter, qualquer hora dessas.

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